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Cocriação em rede: a inovação na construção de laços com os públicos.




Tamara de Souza Brandão Guaraldo[1]
Beatriz Emi Seino[2]

RESUMO: O presente capítulo visa abordar o significado da cocriação, bem como da inovação, como processos essenciais para se obter vantagem competitiva e gerar valor ao cliente no contexto organizacional. Apresenta o processo de cocriação como resultado da necessidade das organizações inovarem e buscarem atender as necessidades de seus públicos. Discorre sobre sua aplicação com o uso da tecnologia de informação e gestão do conhecimento aliada a mudanças que causam impacto nos interesses e necessidades sociais e mercadológicas. Por fim, discute a interação via redes sociais e a criação de laços com os públicos, como pontos que favorecem o processo de cocriação e inovação.
Palavras-chave: cocriação; gestão do conhecimento; inovação; redes sociais.

ABSTRACT: This paper aims to address the meaning of co-creation as well as innovation as essential processes to gain competitive advantage and generate customer value in the organizational context. It presents the co-creation process as a result of the need for organizations to innovate and seek to meet the needs of their audiences. It discusses its application with the use of information technology and knowledge management combined with changes that impact social and market interests and needs. Finally, it discusses the interaction through social networks and the creation of bonds with the public, as points that favor the process of co-creation and innovation.
Keywords: co-creation; knowledge management; innovation; social networks.







1 Introdução
            O cenário mundial, marcado pela globalização, apresenta mudanças sociais, tecnológicas e econômicas que tornam a competitividade entre as organizações ainda maior. Com dispositivos e tecnologias de informação mais acessíveis, o consumidor contemporâneo está cada vez mais ativo, com mais opções de escolhas e difícil de satisfazer (Prahalad & Ramaswamy, 2004). Por essa razão, torna-se fundamental que as organizações entendam a necessidade da busca de novos parâmetros de gestão do conhecimento para garantir a satisfação do cliente com um produto e/ou serviço.
            A Cocriação é um dos temas mais relevantes dos últimos anos na área de gestão do conhecimento, marketing, estratégia e inovação. Cresce o número de organizações que colaboram com diferentes públicos para criar, de forma compartilhada, soluções para seus produtos ou serviços. Segundo Franco (2012), o futuro das organizações depende da cocriação, processo no qual os públicos de interesse participam da concepção dos produtos e serviços que desejam, pois o marketing tradicional, em que as organizações criam e as pessoas apenas consomem, está enfraquecido. Deste modo, este capítulo discute a importância da cocriação em rede considerando a necessidade das organizações buscarem novas formas de gerar valor aos seus públicos, não apenas para obter vantagem competitiva, mas também para aplicar processos de gestão do conhecimento que cause impacto e gere inovação aos olhos dos clientes. A cocriação surge da necessidade das organizações inovarem para atender aos públicos e assim propiciar a conexão e envolvimento de usuários, que pode interferir no desenvolvimento de produtos e serviços e também alcançar novos públicos através do estabelecimento de interação. Isso se desenvolve por meio de um estudo exploratório que compreende o uso de pesquisa bibliográfica com síntese e diálogo das fontes utilizadas, resultando num processo de escrita própria em que se privilegia a reflexão que surge do contato com as fontes e do confronto com a observação da realidade (Dmitruk, 2004).

 2 Cocriação e inovação gerando a vantagem competitiva
Jugend e Silva (2013) afirmam que uma gestão bem estruturada dos processos de inovação, cujas bases são as ideias, promove uma vantagem competitiva, além de benefícios para as organizações, como: ganhos em termos de criatividade, maior capacidade de diversificação, potencial para transformação de novas tecnologias e diminuição do tempo no desenvolvimento. Dessa forma, é relevante que as organizações estimulem a geração de novas ideias. Desta maneira, Jugend e Silva (2013) afirmam que as organizações inovadoras são aquelas que estão “abertas” a novas ideias e dispostas a, conforme as necessidades e oportunidades diagnosticadas transformarem-se e adaptarem-se a novas situações e circunstâncias.
Poli (2010) expõe que com alto nível de competição e produtos e/ou serviços que são praticamente equivalentes entre os ofertantes, aqueles que inovam neste contexto, seja de forma incremental ou radical, de produto, processo ou modelo de negócio, ficam em posição de vantagem em relação aos demais. Além disso, a inovação permite que as organizações acessem novos mercados, aumentem suas receitas, realizem novas parcerias, adquiram novos conhecimentos e aumentem o valor de suas marcas.
Acredita-se que o acesso dos clientes a tecnologias e informações impressione positivamente a satisfação dos mesmos com relação à oferta de produtos e a prestação dos serviços. Essa satisfação, por sua vez, tem impacto na confiança dos mesmos nos prestadores de serviços. A lógica dessa relação baseia-se no fato de que o acesso a recursos, informações, entre outros, possibilite aos clientes o desenvolvimento de suas experiências, o que pode gerar satisfação (Becker, Nagel & Santos, 2013).
Para Troccoli (2008), com o acesso à informação – por exemplo, via Internet - os clientes passam a ter uma visão globalizada dos bens e serviços, e não mais aquela informação tradicional restrita a limites geográficos. Com isto, os clientes expandem seus padrões de preferência de consumo para além das fronteiras tradicionais, passando a desafiar as tradições das indústrias mais acostumadas a restringirem suas informações.
Assim, segundo Bittencourt e Filho (2012), a onda de informações da internet faz com que as organizações entendam as mudanças no que diz respeito à necessidade de acompanhar a globalização da informação. Além disso, a capacidade computacional de bilhões de pessoas está se agregando para formar uma força coletiva. Esta força extremamente descentralizada se organiza cada vez mais para criar as suas próprias notícias, entretenimento e serviços.
Com isso, não é suficiente apenas saber o que o consumidor deseja para garantir-lhe a fidelização. Não basta apenas propor um produto ou um serviço que atenda às necessidades dos clientes, mesmo que esteja adequado ao poder de compra deste e com preço justo em relação ao custo de produção. Mais do que isto, segundo Troccoli (2008), é necessário que os ofertantes de bens e de serviços entendam o universo que os cerca em aspectos que transcendem seu próprio mundo corporativo. Afinal, seus clientes estão, cada vez mais, envolvidos em uma rede de elementos sociais, psicológicos, ambientais, políticos e tecnológicos que, simultaneamente, interagem para definir sua decisão de consumo. Em outras palavras, o processo decisório de compra – e, consequentemente, a fidelização dos clientes – vem se tornando cada vez mais complexo e mutável.
Prahalad e Ramaswamy (2004) demonstram que tem havido uma forte mudança no papel dos clientes, e, por consequência, as organizações e provedores de serviços não podem mais agir de forma autônoma, desenhando produtos, desenvolvendo processos de produção, construindo mensagens de marketing e controlando canais de vendas com pouca ou nenhuma interferência do público.
Nesse sentido, é necessário que a organização inove e crie valor para os clientes e para si mesma. O conceito de “inovação” abrange todas as novas ideias em processos e produtos que são implementadas e geram um resultado econômico no mercado. Para Senhoras, Takeuchi e Takeuchi (2007) a inovação determina-se pelo desenvolvimento de novos produtos, novos processos, novos métodos, novas formas de organizar o trabalho, de novas fontes e pela abertura de novos mercados.
Autores como Prahalad e Ramaswamy (2004), Tapscott e Williams (2007), têm demonstrado que, diante do cenário atual, caracterizado por intensa competição, deve-se buscar, na criação desse valor, a interação dos clientes com a organização; ou seja, a cocriação de valor. Nessa estratégia, a organização passa de uma visão centrada no produto para uma visão que incentive e permita a entrega de experiências personalizadas a cada consumidor. Desta forma, para Prahalad e Ramaswamy (2004), a interação entre organização e seus públicos na concepção de produtos, serviços ou conceitos, passa a ser a melhor estratégia na criação de valor e inovação tanto buscada pelos gestores.
Nesse contexto, a cocriação surge como um processo, no qual os consumidores participam da concepção dos produtos e/ou serviços que desejam, para gerar inovação nas organizações. Assim, através da cocriação é possível obter uma vantagem competitiva, uma vez que a utilização desse método propicia a realização de uma gestão do conhecimento que possibilita a descoberta de novas fontes de valor e novas oportunidades, geração de novas ideias e insights com olhares diferentes sobre o mesmo aspecto por meio de uma parceria entre organização e cliente, pois permite às organizações inovarem, ao mesmo tempo em que buscam atender as necessidades de seus públicos.
Nesse processo é eliminado o conceito tradicional de que as organizações pensam e agem unilateralmente. Entra em cena a gestão do conhecimento nas organizações, que depende fortemente do fator humano e da utilização do conhecimento em ações estratégicas, criando espaços criativos na e sobre a organização, desenvolvendo habilidades para compartilhamento do conhecimento (Valentim, 2008). Portanto, o papel do cliente passa a ser fundamental nesta criação de conhecimento e valor, pois ele deixa de ser um ente isolado e passivo para tornar-se conectado e ativo, sendo mais um agente da gestão do conhecimento organizacional. Nesta mesma linha de raciocínio Costa (2013, p. 9) reforça o papel da cocriação em considerar os consumidores como ativos na geração de valor; valor este determinado anteriormente apenas pela organização, mas agora criado e compartilhado como um conhecimento dos públicos.
            Segundo Kristensson, Matthing e Johansson (s.d. como referido em Costa, 2013), com o alto nível de participação e colaboração dos públicos no desenvolvimento de um produto, serviço ou conceito com o propósito de inovação, o cliente ao sugerir ideias na cocriação exerce um papel de colaborador ativo desde o início do projeto de criação, compartilhando conhecimento e experiências de consumo com a organização.
A cocriação deve envolver a participação ativa e a integração do cliente com o seu fornecedor em todas as etapas do processo, desde a concepção do produto ou serviço até o seu consumo. Payne, Storbacka e Frow (s.d. como referido em Costa, 2013) afirmam que o processo de cocriação de valor só acontece quando o fornecedor gerar valor e o cliente o perceber no momento em que o produto ou o serviço for consumido.
As organizações devem buscar a diferenciação competitiva para que sua manutenção e evolução no mercado aconteçam, gerando um valor para o cliente de tal forma que a organização possa diferenciar-se das concorrentes diante da criação de uma vantagem competitiva sustentável, a qual deve ser percebida pelo comprador e gerar satisfação (Milan & Souza, 2013).
Pode-se entender a vantagem competitiva como o uso do feixe de recursos que a organização possui para ocasionar um desequilíbrio no mercado de forma a possibilitar a sua organização se diferenciar das demais que concorrem em um mesmo espaço, criando, portanto, uma vantagem competitiva. Desta forma, o desequilíbrio ocasionado pela estratégia competitiva com o intuito de obter uma vantagem fixaria uma heterogeneidade de desempenho entre as organizações, mesmo sendo elas do mesmo segmento e atuando com recursos, competências e habilidades semelhantes. (Vasconcelos & Cyrino s.d., como referido em Milan & Souza, 2013).
A vantagem competitiva é a relação de criação de valor (Brito & Brito s.d., como referido em Milan & Souza, 2013), sendo que os valores criados em sua grande parte são provenientes dos processos de conhecimento e inovação. Portanto, nota-se uma relação entre valor e vantagem competitiva.
As organizações devem avaliar as lacunas de seu próprio empreendimento para que protejam, aumentem ou até criem uma vantagem competitiva, reafirmando ainda sua relação com a questão do valor e sua influência nos processos de tomada de decisão (King; Fowler & Ziethaml s.d., como referido em Milan & Souza, 2013, p. 2).
Na visão de Aaker (2001), a vantagem competitiva surge a partir de um diferencial que a organização tem em relação às demais, que deve ser difícil de ser imitado, pois os concorrentes tentarão copiar no momento em que a descobrirem.
Com efeito, a vantagem competitiva só ocorrerá de fato se a organização conseguir manter-se diferenciada das demais no decorrer do tempo, pois quando os concorrentes descobrem essa vantagem tentam imitá-la de todas as maneiras. A inovação, portanto, deve ser parte de um processo constante: um ciclo, que deve ser renovado (Zmoginski et al., 2009, p. 62).
Assim, depois de uma inovação há a possibilidade de imitações e cópias. Portanto, é necessário que as organizações se mantenham diferenciadas das demais, para que a vantagem competitiva possa ser mantida por um longo prazo. Para Zmoginski et al. (2009, p. 63):
Isso pode ser obtido pelas companhias por meio de inovações que se ajustem a sua estratégia, renovem sua oferta, proporcionem benefícios e melhorias; no entanto, entre essas possibilidades, surpreender o cliente com experiências que gerem alta satisfação, como é o efeito da co-criação (sic) de valor, é uma boa prática para fazer parte da estratégia das organizações que buscam o sucesso.
Segundo Porter (2001) para alcançar a vantagem competitiva é necessário adotar uma das estratégias genéricas, regidas por dois objetivos: baixo custo e diferenciação. Mesmo o autor os considerando excludentes, ressalva que há situações em que a organização alcança-os ao mesmo tempo, citando, entre elas, o pioneirismo. Porém, é importante que a inovação seja feita pensando no cliente, não objetivando apenas o pioneirismo. Conquistar o cliente ao atender suas necessidades mais particulares, possibilitando a participação desses clientes na criação dos produtos e serviços. (Zmoginski et al., 2009)
Kim e Mauborgne (2005), afirmam que é possível adotar as estratégias de baixo custo e diferenciação conjuntamente, utilizando a inovação de valor, oferecendo um valor maior para os clientes. Para os autores, a inovação sem valor resulta em pioneirismos tecnológicos, o que nem sempre satisfaz os clientes. Assim, é importante analisar a experiência que o cliente tem com um serviço ou produto e que pode ser a chave da diferenciação para muitas organizações para ter como consequência a vantagem competitiva. Inovação precisa ser, portanto, valor percebido pelos clientes, o que é condição-chave de sobrevivência das organizações nos últimos anos.
3 Uso de redes sociais e a interação construindo a cocriação em rede
Para Las Casas (2014) os consumidores mudaram, o mercado mudou e as práticas de marketing também precisam mudar. Os públicos exigem participação e a interação se torna fator fundamental, anunciando num futuro próximo o fim de uma era em que as organizações agiam com autonomia e realizavam suas atividades do modo que achavam melhor, sem a participação dos mesmos. “A nova forma de comercialização passou a ser cocriação, situação em que os consumidores interagem com as organizações e interferem na prática de comercialização e recebem o resultado de produtos que contaram com sua participação” (Las Casas, 2014, p. 15).
 Troccoli (2008) argumenta que neste novo paradigma a organização e o cliente criariam valor em conjunto nos chamados “pontos de interação”, momentos e locais onde a experiência de cocriação ocorre e o valor é criado. Nesses pontos de contato o cliente se relaciona com alguma parte do produto ou serviço oferecido pela organização. Esses encontros devem variar de negócio a negócio, sendo que dependendo das estratégias utilizadas, alguns encontros podem agregar maior cocriação de valor que outros.
Assim, em alguns processos de cocriação são utilizadas plataformas de engajamento, que são ambientes virtuais que propiciam a cocriação de experiências de valor. Fukunaru (2014) define esses espaços como o lugar onde a inovação acontece e em que se aproveita o potencial máximo de cada indivíduo, que somado ao potencial de outros indivíduos, cria-se uma inteligência coletiva, uma pluralidade de culturas, experiências, conhecimentos e visões de mundo. Mais que um ambiente de colaboração, essas plataformas são um exemplo inovador de gestão do conhecimento em rede, e dizem respeito à natureza ou níveis de engajamento das pessoas no ato de criatividade.
Ramaswamy e Gouillart (2010) consideram que uma organização cocriativa facilita o desenvolvimento de uma rede de capacidades para criar valor em conjunto, através do desenho de uma plataforma ou ambiente virtual de engajamento que tem por finalidade potencializar as interações e experiências das pessoas sobre o que pensam e o que querem de seus produtos e serviços. A utilização das redes como meios de realizar a gestão do conhecimento para desenvolver ideias, conceitos, modelos, produtos ou serviços junto com a companhia é uma forma inovadora de interagir com os públicos. Dentre os tipos de redes, as redes sociais na internet são sites que tem como principal objetivo as trocas de informações e experiências, além da criação de relacionamentos. Segundo Recuero (2009) a rede social é formada de interações e de trocas sociais. É um grupo de pessoas, compreendido através de uma metáfora de estrutura, a estrutura de rede.
Uma rede é formada por pessoas que se conectam porque têm um objetivo, um assunto ou propósito em comum. A partir do encontro virtual ou presencial entre elas, da conversa, da interação, da troca de histórias, percepções, opiniões, surgem novas conexões, conhecimentos, ideias, soluções e respostas. A cocriação em rede, nada mais é que um ambiente aberto, livre, emergente, onde as pessoas podem interagir e criar juntas algo novo. Algo que nasce da colaboração e da criação em conjunto e que dificilmente surgiria da mesma forma, sem a presença de cada um dos integrantes da rede na gestão desse conhecimento.
Apesar do conceito de redes sociais não ser novo, o advento da internet faz com que esse tipo de rede ganhe maiores proporções. As redes sociais apresentam pontos em comum antes e depois das tecnologias de informação e que podem ser compreendidos por meio de um tipo de interação não hierárquica, de pessoa a pessoa, caracterizada pela confiança mútua, pela reciprocidade entre emissor e receptor no fluxo de informações, e pela comunhão de interesses e objetivos. Desde a década de 1940, antropólogos, sociólogos e psicólogos sociais vêm estudando a estrutura dos vínculos estabelecidos nessas relações (representada por sociogramas), às quais foi dado o nome de “redes sociais” (Aguiar, 2010).
O Brasil é um dos principais mercados mundiais para as redes sociais, como Facebook e WhatsApp, e a maioria dos internautas brasileiros acessam essas plataformas, segundo levantamento da Kantar Ibope Media (2016), cuja pesquisa representa os hábitos de 47% da população brasileira entre 12 e 75 anos, o equivalente a 83 milhões de pessoas. Esse levantamento aponta que 83% dos usuários de Internet do país acessaram redes sociais nos últimos 30 dias anteriores a pesquisa (divulgada em agosto/2016), o que coloca essa atividade como o hábito on-line favorito dos brasileiros. Na sequência das atividades mais realizadas pelos internautas, está assistir e/ou baixar vídeos (69%), ler notícias nacionais e internacionais (61%) e ouvir música (38%). A pesquisa revela também que o acesso à internet é móvel: 68% navegam de seus smartphones, enquanto 60% entram na internet a partir de computadores – notebooks ou desktops. Sobre o local de acesso, a maioria usa a internet em casa (93%), e uma parcela (26%) entram na rede no trabalho. Ainda, de acordo com o levantamento, 44% concordam com a frase a “internet é a minha principal fonte de entretenimento” e 59% dos internautas recorrem primeiro à internet quando buscam qualquer tipo de informação (Kantar Ibope Mídia, 2016).
Assim, mesmo não sendo um fenômeno novo, as redes sociais ganharam força nos últimos anos com os avanços tecnológicos da sociedade. As pessoas permanecem conectadas grande parte do tempo, e acabam encontrando nas redes sociais o lugar ideal para navegar e investir seu tempo se relacionando, trocando conteúdos e consumindo informações.
Analisando o fenômeno das redes sociais, a primeira geração da internet, chamada de web 1.0, não favorecia a troca de informações e a interação entre os usuários, pois apresentava páginas de navegação que eram estáticas. Dessa forma, o surgimento da web 2.0 favoreceu o sucesso das redes sociais, uma vez que ela estimula a relação entre os usuários e a colaboração na utilização da internet.
Para se relacionar com um grupo em torno de um mesmo interesse, o indivíduo precisava estar fisicamente envolvido com este grupo. Porém, o desenvolvimento dos meios de comunicação digitais criou uma nova forma de interação e novos tipos de relacionamentos sociais, de tal forma que estar no mesmo ambiente deixou de ser um requisito para interagir, o que potencializou a criação das redes sociais. Recuero (2009) identifica na rede social um conjunto de dois elementos: os atores (pessoas, instituições ou grupos; os nós da rede) e as suas conexões (interações ou laços sociais). Assim, em uma rede é possível observar os padrões de conexão de um grupo social, a partir das conexões que são estabelecidas entre diversos atores. A abordagem da rede tem, portanto, seu foco na estrutura social, na qual não é possível isolar os atores sociais e nem suas conexões.
Redes sociais são agrupamentos complexos formados a partir de interações sociais, nas quais os próprios indivíduos constroem suas redes, e que permite aos mesmos elaborar sua persona - perfis ou páginas pessoais, e estabelecer interação através de recados, comentários, imagens e vídeos, tendo uma exposição pública na rede social de cada ator, bem como de outros dentro do sistema, esta rede lhe permite visibilidade e articulação, bem como manutenção de laços offline (Recuero, 2009; Primo, 2008).
Sperb (2012) explica que quando atores interagem em um plano físico, é fácil perceber características da personalidade através de roupas, acessórios, postura ou tom de voz. Porém, com o distanciamento físico das redes sociais, os atores não podem ser identificados de uma forma imediata como em um encontro face a face. Eles são analisados através de representações sociais, por exemplo, um ator pode ser representado pela foto do seu perfil ou pelas informações lá colocadas. São estes espaços que os atores utilizam para compartilharem suas ideias e individualidades, e assim, constroem uma identidade que os representa virtualmente.
Contudo, a construção da identidade virtual de um indivíduo varia de mídia para mídia. Por exemplo, um usuário através de seu perfil no Facebook constrói uma imagem pelas fotos nos álbuns, descrição de seu perfil, informações que compartilha e interações que ele vai fazendo com outros atores. Essa identidade pode ser completamente diferente da identidade construída por ele no seu perfil do Linkedin, pois ele pode usar essa plataforma para construir uma imagem mais profissional, postando e se relacionando com outros atores somente em questões relativas aos seus interesses profissionais. E consequentemente essas duas identidades anteriores podem ser diferentes da identidade em uma terceira plataforma.
Segundo Viana (s.d., como referido em Recuero, 2011) ao criar um perfil nas redes sociais, os indivíduos projetam uma extensão do que são e ao mesmo tempo constituem e constroem uma identidade própria no ambiente on-line, ou seja, cada pessoa escolhe quem ter como amigo, que tipo de páginas curtir e acompanhar e que tipo de conteúdo irá compartilhar. Essas atitudes podem ser estratégicas para mapear o perfil do público, pois estes indícios podem ser construções subjetivas de cada usuário na rede. E assim, uma pessoa numa rede social digital pode compartilhar conteúdos e mostrar fotos suas que a aproximem de um determinado grupo, ocultando informações que poderiam afastá-la de tal grupo, ou seja, ao inserir um conteúdo em alguma rede social, o ator está dando dicas de como quer ser visto e identificado por outros atores sociais. Para Sperb (2012) esta informação é determinante para o marketing, uma vez que, para disseminar o conteúdo de uma marca, o usuário precisa se identificar com este conteúdo, ou seja, este conteúdo precisa ajudar na construção dessa identidade que ele constrói nas redes sociais e deve aproximar o usuário do grupo que ele deseja.
Tapscott & William (2007) afirmam que mudanças profundas na natureza da tecnologia, da demografia e da economia global fazem surgir novos e poderosos modelos de produção baseados em comunidade, colaboração e auto-organização, e não em hierarquia e controle – embora as hierarquias não estejam desaparecendo. As organizações estão estimulando, em vez de combater, o crescimento de comunidades on line. Trata-se de uma nova arte ou ciência da colaboração, batizada de Wikinomics. Para Tapscott & William (2007) os líderes que pretendem obter lucro com competitividade adotarão esta nova tendência com mudanças profundas na estrutura operacional das organizações.
Outro elemento básico de uma rede social é a conexão criada através das interações entre os atores. É interessante entender como os atores interagem entre si para criarem as conexões. Recuero (2009) propõe estudar o fenômeno das conexões a partir das interações, relações e laços sociais.
Adler e Towne (2002) definem a interação como qualquer tipo de comunicação envolvendo dois ou mais atores, é a partir dela que são construídas as relações e os laços sociais. Para que exista interação nem sempre é necessário que haja a troca de palavras, um exemplo é a rede social Facebook, a qual em 2016 ampliou a quantidade de botões de reação de um para seis; ‘Curtir’ (já conhecido) e os demais: 'Amei', 'Haha', 'Uau', 'Triste' e 'Grr', que correspondem a diferentes graus de sentimento, aprovação e tipo de interação do usuário em relação ao conteúdo que foi publicado (Gomes, 2016). Ao utilizar este botão, o usuário está dizendo que aprovou, amou, se divertiu ou se surpreendeu, gostou ou não do conteúdo publicado e está negando ou dando seu aval e se associando ao conteúdo gerado por outro usuário, sendo assim, através destes botões, eles estão se comunicando e as organizações podem ter dados mais precisos sobre o gosto e opinião do seu público.





                                                            
Figura 1. Botões do Facebook
Fonte: De: “Facebook libera cinco novos botões alternativos ao 'curtir'” de Gomes, H. 2016, Fev. 24, G1. Disponível em: http://g1.globo.com/tecnologia/noticia/2016/02/facebook-libera-cinco-novos-botoes-alternativos-ao-curtir.html

A partir das reações e também dos comentários dos usuários nas postagens, as organizações recebem o feedback dos públicos e as relações sociais são construídas, assim, se torna possível investir nesse relacionamento para a criação de valor em conjunto com os clientes, construindo laços e aprofundando relações. A partir de interações sociais e, diferentemente de relações em outros contextos, as relações sociais na internet tendem a ser mais variadas e isso se explica pela multiplicidade de aplicativos, tecnologias e ferramentas que faz com que os usuários usem diferentes tipos de redes sociais para abordar diferentes tipos de assuntos.
Também é preciso destacar que o entendimento das características de uma relação mediada por computador é importante, uma vez que elas se diferem das relações do mundo presencial. Para Recuero (2009) as relações podem ser mediadas pelo computador, da mesma forma que a interação. Quando mediada pelo computador, a relação poderá ser diferente daquela que aconteceria em um quadro de interação face a face devido às limitações contextuais. Logo, a mediação pelo computador traz aspectos importantes para a relação social, como o distanciamento entre as pessoas envolvidas na construção dessa relação que pode alterar a forma através da qual ela é estabelecida. Esse distanciamento proporciona, por exemplo, anonimato sob muitas formas, já que a relação entre o corpo físico e a personalidade do ator já não é imediatamente dada a conhecer. Logo, é mais fácil iniciar e terminar relações, pois muitas vezes, elas não envolvem o "eu" físico do ator.
As interações e relações sociais constroem os laços sociais. O laço é a conexão efetiva dentro das interações entre atores e, por isso, exige um grau de relacionamento maior, um aprofundamento numa relação, pois é construído através do tempo e de múltiplas interações.
Segundo Sperb (2012), quando o laço social é construído através de interação social ele é denominado laço dialógico. Mas existe outro tipo de laço, os laços associativos, são criados a partir de relações e não de interações, um laço constituído por um sentimento de pertencimento a um grupo, local ou instituição. Esses laços apesar de criarem um vínculo entre agentes, não necessariamente precisam criar interação. 
Para entender a interação no processo de cocriação entre os consumidores e as organizações nas redes sociais é importante ressaltar a diferença entre laços fortes e fracos. Lopes (2008) acredita que em um canal de relacionamento e interação, os perfis são criados e os vínculos não precisam ser pré-existentes do ambiente off-line, ou seja, é possível que estranhos façam parte da “rede de amigos”. Já para Recuero (2009), a rede social é composta por pessoas formadoras dos nós e as arestas que ligam estes nós são os laços que tais personas formam por meio de suas interações.
Na interação é importante que haja a compreensão dos dois tipos de laços que estão envolvidos, sendo eles fortes e fracos. Recuero (2009) explica que os laços fortes são referentes a pessoas que participam do círculo social, aquelas pessoas que detêm maior proximidade e convívio. Já os laços fracos são os que se deve prestar mais atenção, no sentido em que nas redes pessoas não são criteriosas para aceitar outros indivíduos como “amigos”, e isso promove um maior contato com as pessoas de diferentes grupos sociais, gostos, hábitos e comportamento, possibilitando um maior número de pessoas conectadas entre si e consequentemente um menor grau de separação entre estas. Por exemplo, no Facebook os laços fortes são aqueles em que os atores conversam mais, compartilham mais entre si os conteúdos e constantemente estão se falando. Já os laços fracos são aqueles em que a interação é pequena, e não há uma continuidade na conexão. Seguindo o mesmo exemplo do Facebook, quando os atores pouco falam ou pouco interagem entre si, estão construindo um laço social, porém um laço fraco.
A internet foi uma das responsáveis pelas mudanças no perfil do consumidor, com o acesso à informação e a novas possibilidades de comunicação de mão dupla. A evolução das conexões tem apresentado crescimento na última década, e hoje os clientes contam com o suporte das redes sociais para se expressarem e se relacionarem com a organização e outros consumidores. Isso contribui também para que as organizações mudem sua postura e formas de comunicação. Como afirma Doyle (1990) as marcas dificilmente são consolidadas apenas pela publicidade, pois a construção de uma marca vai além da propaganda, logo, existe a necessidade de se estabelecer conexões emocionais com o consumidor. Com suas características que permitem maior interação e engajamento, as redes sociais se tornam úteis para que esse relacionamento seja provocado e a cocriação possa acontecer mais facilmente. Desse modo, nota-se a necessidade de que as organizações entendam o seu público e o universo que os cerca para, mais do que entregar um produto ou serviço, satisfazer as suas reais necessidades e desejos de acordo com informações produzidas em conjunto com esse público. É fundamental também ter conhecimento de como criar laços fortes com o público ao se relacionar com ele dentro de um projeto.
Tendo por base a literatura consultada e o processo de comunicação e gestão do conhecimento, pode-se destacar uma série de pontos a serem abordados com atenção para estabelecer um relacionamento que tenha relevância para o consumidor e organizações durante a cocriação: a) O conteúdo que chega ao consumidor é fundamental para o sucesso de um projeto de cocriação em rede, uma vez que conteúdos que reflitam o perfil do público ajudam no engajamento dos mesmos e têm maior probabilidade de serem difundidos por eles, atingindo mais pessoas; b) A maneira como o público é atingido pelo conteúdo é outro fator essencial, pois quando é feita de forma inovadora possibilita uma interação de alta qualidade e cria-se uma experiência única para o consumidor; c) Permitir que o consumidor compartilhe conteúdos com a rede da campanha de cocriação também é importante, pois dessa forma a iniciativa de interação e gestão do conhecimento acontece dos dois lados, da organização e do público, e assim acontece a real colaboração; d) Oferecer um contato por meio de diversas plataformas, quando o conteúdo de cada uma é adaptado para o meio, também é um ponto que favorece o sucesso de um projeto de cocriação, uma vez que os públicos são contatados de formas diferentes, impulsionando o projeto e favorecendo a possibilidade de interação. e) Estimular a interação com os colaboradores, a interação é a base da construção de laços, ou seja, a organização deve buscar criar uma relação mais íntima com o público para construir laços fortes.
Todas essas estratégias devem refletir a identidade e ideais da organização para que o projeto consiga passar credibilidade e assim alcançar o público por meio da interação e do engajamento.

4 Considerações sobre o processo de cocriação
Com as inovações tecnológicas e as mudanças no comportamento do consumidor é necessário que as organizações estejam atentas às novas formas de se relacionar com os públicos. Para construir uma marca é preciso inovação, por isso um projeto de gestão que reconheça, avalie e assimile novas ideias é uma tendência diante do cenário mercadológico contemporâneo, que conta com a participação ativa de consumidores que interagem em rede. A cocriação é baseada nesse alicerce, pois busca a participação dos usuários na concepção de ideias para que seja gerado valor mútuo. O uso de tecnologias de informação pode auxiliar o estreitamento de relações entre os clientes e uma organização, facilitando a comunicação e a gestão do conhecimento em rede. Atualmente, no ambiente em rede, os clientes são tão ou mais ativos do que as organizações, e contatam outros consumidores e informações online para orientar-se e buscar informações sobre experiências com o produto/serviço. Assim, a construção de laços na internet e particularmente nas mídias sociais, passaram a ser o foco das empresas no que tange a uma nova rede de relacionamentos corporativa, com o intuito de se adequar ao mercado, atender as expectativas do consumidor e consequentemente, obter vantagem competitiva.
Diante do exposto, reiteramos que as organizações devem estar atentas ao que os consumidores dizem, a fim de aproveitar para estimular e mediar sua participação no processo de criação de valor seja para produtos, serviços ou conceitos. Pois, dessa forma é possível criar uma relação de confiança, tornando a organização cada vez mais relevante para o público. À vista disso, a gestão do conhecimento, ao partir do incentivo à cocriação como um trabalho em equipe, contribui para a geração de valor aos públicos, e requer uma gestão integrada de talentos, visão estratégica e criatividade. Num processo de cocriação o público deixa de ser passivo e é considerado parte das decisões e do conhecimento organizacional, uma vez que as ideias dos participantes são utilizadas pela organização para direcionar suas estratégias, demonstrando a importância e o valor da opinião dos consumidores que participam de projetos de cocriação.

Referências

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[1] Doutora em Ciência da Informação pela Universidade Estadual Paulista (UNESP). Docente dos cursos de Relações Públicas, Radialismo e Design da UNESP-Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação (FAAC) Câmpus de Bauru.
[2] Bacharel em Comunicação Social, com habilitação em Relações Públicas pela FAAC –UNESP/Bauru.

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